13 janeiro 2006

Volta ao mundo em uma semana

"Acho este mundo fascinante – e não só porque é diferente , colorido, vasto, incrível, estupendo. Acho esse mundo fascinante justamente porque, sob todas as diferenças, a gente é muito igual" – Zeca Camargo

Preciso comentar aqui o último livro li: "A Fantástica Volta ao Mundo – Registros e Bastidores de Viagem por Zeca Camargo". Ganhei de amigo secreto de uma amiga-irmã no final do ano. Estava louco para lê-lo desde que foi lançado, em 2004, mas só puder fazer isso neste ano. Em uma semana, devorei suas 405 páginas. Um livro delicioso, num estilo almanaque, com muitas dicas, curiosidades e, o mais especial, relatos em primeira pessoa – e reais!

Confesso que conhecia pouco o Zeca Camargo. Sabia só um pouco a mais dele do que todo mundo sabe. Que ele tinha sido VJ da MTV e repórter de cultura na Folha, tinha um estilo informal invejável , seja numa entrevista com alguma celebridade ou dando a notícia de mais uma explosão na Faixa de Gaza. Confesso que, depois de terminar o livro, tornei-me mais um fã dele.

A narrativa fala de cada etapa do projeto dele no Fantástico de cruzar o mundo com rotas escolhidas pelo público. São hilárias algumas situações, como quando eles chegam em Cingapura bem no meio da maior liquidação da Ásia, onde milhares de pessoas despencavam para comprar toneladas e toneladas de coisas e nenhum hotel tinha vaga. Fora as dificuldades de se achar um cyber café decente para transmitir as imagens para o Brasil.

Você praticamente viaja junto com o Zeca pelo mundo. Mas, o que mais me chamou a atenção no livro é a sua abertura, quando ele fala do "resto do mundo", uma nova visão de enxergar as coisas, de esquecer este mundo louco que vivemos e nos deixarmos envolver pelo "resto do mundo" que desconhecemos ou mantemos algum tipo de preconceito.

Alguma conclusão? Depois de tantos lugares, vôos, pessoas, comidas, recepções de hotel e aeroportos, fica somente uma lição: seja na Romênia, Camboja, Portugal ou Quênia, o que o ser humano quer é ter paz com sua família, poder namorar tranqüilamente, curtir uma festa, ouvir música, passear numa praça, brincar. Resumindo, o que o ser humano que é ser feliz. Somente ser feliz.

11 janeiro 2006

Exorcismo e filosofia

Coisa meio rara, mas fiz na segunda-feira: fui no cinema sozinho. Peguei a última sessão e assisti "O Exorcismo de Emily Rose". Tinha ouvido tanta gente em pânico por conta do filme que eu resolvi ir lá conferir. Sou meio tranquilo com filmes de terror, mas este me chamou a atenção. Não só pelo enredo, que os produtores e marqueteiros ficaram batendo que era "baseado em fatos reais", mas tb por falar em religião e Deus. Por incrível que pareça, saí de lá pensando. Só eu mesmo para ter um ataque filosófico depois de ver pessoas possuídas e tomar vários sustos...

08 janeiro 2006

Época de clássicos

Estou numa fase de correr atrás do tempo perdido e assistir os clássicos do cinema. Ainda falta muita coisa, mas já estou atualizando meu "set list". Nesta maratona, uma atriz que eu conhecia só de nome e que me fez ficar apaixonado foi Julie Andrews. Por conta disso, até comprei dois filmes dela: "A Noviça Rebelde" e "Mary Poppins", ambos achados em liquidações de hipermercados.

"A Noviça Rebelde" é lindo. A história, as música, as paisagens, a inocência (mesmo sendo dentro de um período tão conturbado como a 2ª Guerra Mundial). Tudo é perfeito. Lembro-me que antigamente sempre passava este filme na virada de ano, meio que uma tradição. Mas, de uns anos para cá, cancelaram. Um absurdo! As novas gerações não podem ser privadas de tal história. Tenho dó dos meus sobrinhos que, por serem pequenos demais, não conseguem acompanhar as legendas (uma falha do DVD: não possui uma versão dublada em português).

Já "Mary Poppins" é muito mais infantil, fantasioso. Mistura filme com animação, nos primórdios do cinema (tal receita seria repetida depois, em vários filmes, como em"Uma cilada para Roger Rabbit", também da Disney, um dos clássicos de minha infância). Apesar disso, Mary mantém a inocência daquela época, coisa que se ainda restasse nos dias de hoje, o mundo seria um pouco melhor.