28 março 2007

Um a mais

Assisti, no último domingo, a mais um show do Pato Fu. Quem já me conhece e sabe da minha paixão pela banda dirá "Mais um?". Quem não me conhece mas já deu uma passada por este blog talvez diga também "Mais um?". Afinal, este já é o segundo post que eu dedico à esta banda.

Não nego: sou fã do Pato Fu e ponto. E a cada vez que os vejo minha admiração cresce ainda mais. A banda é simpática, as músicas são ótimas, o clima do show é sempre perfeito, tudo se encaixa. Talvez por isso tenha um público tão fiel. É possível fazer amigos simplesmente indo aos shows. Lá você tem a certeza que nunca ficará só pois uma legião de "Ricardos" estará lá, pulando, vibrando e cantando todas as músicas. E quando eu digo todas as músicas, são realmente todas.


Vamos falar um pouco do show: um pouco diferente daqueles que eu assisti no ano passado. A "desculpa" para as mudanças foi o lançamento do dvd com músicas do cd "Toda cura para todo mal", lançado em 2005. Acreditem: o Pato Fu fez um dvd com clipes para todas as músicas de um único cd. Isso mesmo: todas as músicas do cd "Toda cura..." ganharam um vídeo clipe exclusivo. A banda pegou as músicas, logo que terminaram de gravá-las, e mandaram para diversas pessoas que ficaram livres para fazer aquilo que quisessem, ou seja, traduzissem as letras em imagens. E o resultado foi um dvd com 13 clipes, lançado nesta semana em todo o Brasil. Mais ou menos como a Fernanda Takai (vocalista) disse durante o show: mesmo a gente atrasando horrores, ainda fomos a primeira banda no Brasil a Ter um projeto como este. Nada mais justo para uma banda que está sempre com um pé na frente... Não vi ainda o resultado deste projeto pois, quando fui comprar minha cópia, já tinha esgotado. Mas já pude assistir alguns dos clipes e gostei do que vi.

Voltando ao show, como eu disse, a ordem das músicas mudou. No ano passado, tudo começava com as guitarras de "Estudar pra quê?". Agora, tudo parte de "Um ponto oito", maravilhosa canção incluída no álbum "Isopor", que conta a história de um atropelamento. Acho que nunca tinha ouvido esta música ao vivo. E foi ótimo! Assim como ouvir "Nunca diga", do "Televisão de cachorro". Também rolaram algumas surpresas, como a apresentação de uma canção nova chamada "Uh!". Pode ter sido somente uma impressão minha, mas pude perceber uma certa influência londrina no estilo, com um quê de anos 80. Talvez um resultado da recente turnê por terras inglesas. Outro resultado desta excursão européia foi um cover que eles fizeram que eu, juro, pesquisei muito para lembrar o nome da banda e da música, mas não consegui... Aliás, se alguém que estiver lendo souber, por favor, me ajude e mande a resposta para o meu e-mail!

A noite contou com uma participação mais do que especial de Érika Machado, cantora mineira apadrinhada pela banda e com cd produzido pelo John. No começo, a voz dela soa um pouco estranha, diferente do tom da Fernanda, mas aos poucos, seu ouvido acostuma e tudo fica delicioso. Aquela menina, com seu violão e letras por vezes inocentes, mostra-se saber dominar o público e cala a todos, com suas doces canções. Com certeza, ela ganhou mais um fã (me arrependi de não ter comprado o cd dela na lojinha na porta do show!).

Resumindo, foi uma noite sensacional. Até a mãe da Fernanda estava na platéia. Aqui vale um comentário: uma característica marcante dos shows no Sesc é a mistura de gente pequena e gente grande sem nenhum choque e com muita naturalidade. Além de muitos senhores e senhoras na platéia, achei o máximo uma menininha, que não devia ter mais de 10 anos, pulando e cantando as músicas na beira do palco, ao lado da mãe, que também pulava e cantava alegremente, abraçando-a e beijando-a várias vezes. Uma cena emocionante (pelo menos para mim...).