28 janeiro 2008

Mais um retorno

Estou ensaiando este retorno já há algum tempo, sempre pensando qual seria a desculpa ou o motivo para voltar... Talvez a desculpa por tanto tempo sumido seja a de sempre: a falta de tempo. Agora, o estalo para largar a preguiça de lado e colocar o cérebro (e os dedos) para funcionar seja o livro que estou lendo neste momento: "Nunca subestime uma mulherzinha", da Fernanda Takai (editora Panda Books).

Comprei o livro no ano passado, em dezembro, em uma noite fria e chuvosa, com um trânsito absurdo em São Paulo. Lembro-me de todos estes detalhes pois fui com minha namorada até a Livraria Cultura no Conjunto Nacional, na Paulista, para comprá-lo durante a noite de autógrafos com a Fernanda. Depois de uma rápida fila, cheguei até a mesa. Confesso que fiquei me gabando pela Fernanda saber meu nome – resultado de anos e mais anos de shows do Pato Fu e paparicagens em geral após as apresentações. Depois, fui dar uma voltinha pela Livraria Cultura – MUITO BOA – e pela Paulista, para mim, o RG da cidade.

Mas falando sobre este meu retorno, é bom estar aqui de novo. Lendo o livro da Fernanda, vi uma série de depoimentos muito legais, sobre sua vida, música, impressões e experiências. Não terminei ainda, mas o que eu já li até agora me mostrou um pouco mais desta mulher que eu só conheço dos palcos. Incrível como pelas palavras ali escritas você consegue sentir o que ela sentiu, ver o que ela viu, andar pelas ruas onde ela passou... E talvez seja esta vontade, este sentimento de querer compartilhar um pouco do que eu sinto, vivo e por onde eu ando com outras pessoas – no caso, VOCÊ que está lendo este blog neste momento – que tenha me feito pular da cama e postar este texto. Talvez seja esta a mágica das palavras, ou mesmo da comunicação em geral: transmitir ao outro um sentimento.

Confesso que o ano que passou foi muito bom e 2008 já começou com pé direito. Em 27 dias, já tive oportunidade de ver um show do Toquinho, do Jay Vaquer e do Bossacucanova, terminar de ler o livro e me emocionar com o filme "O caçador de pipas", trabalhar muito, curtir um reencontro de família com pessoas que eu nunca tinha visto, ver uma peça infantil no Sesc, assistir "Bee Movie"... Enfim, já aconteceu tanta coisa que poderia parecer o mês de julho... Mas fico feliz em olhar no calendário e descobrir que janeiro ainda nem acabou. Não falei que este ano promete: até o tempo parece estar passando devagar... Que bom.