02 julho 2006

Faltou Skol

Depois de um retiro deste espaço, resolvi voltar com força total. E, pra reiniciar a coisa, volto falando daquele jogo de ontem. Aliás, que jogo? Ah, que absurdo! Por mais que todos os jornalistas e comentaristas cansem, dizendo que o Brasil não jogou nada, eu repito e bato na mesma tecla: que jogo?

Li a coluna na Veja da semana passada do Roberto Pompeu de Toledo e ele falava sobre a publicidade nestes tempos de Copa. Muito inteligente e propício para o momento. Ele faz uma grande crítica a todas as campanhas que utlizaram jogadores como garotos propaganda. A que eu acho que se encaixa melhor nesta pós-derrotsa, segue abaixo:

"A Skol apresenta-se com duas peças de estrutura semelhante. Numa delas, num jogo Brasil e Argentina, as traves deslocam-se continuamente, por magias que só a cerveja que desce redondo é capaz de operar, de forma a evitar que entrem no meio delas os chutes dos argentinos e para fazer com que, ao contrário, os brasileiros acertem sempre o alvo. Na outra, os argentinos, por força de outra mágica, precipitam-se, em carrinhos desastrosos, para fora do gramado - um direto em direção aos vestiários, outro em direção aos repórteres atrás do gol... Nos dois anúncios, os brasileiros ganham não graças a sua superioridade no jogo, mas porque ludibriam os adversários."

Eu, na minha modesta mas sincera opinião, deixo no ar duas conclusões: ou os jogadores tomaram muita Skol antes do jogo e estavam totalmente de ressaca ou a seleção precisava de traves animadas e campos ensaboados para ganhar um novo título. Pois é, acho que chegou a hora de inventarmos uma nova Copa do Mundo: a do futebol de sabão. Acho que nos daríamos bem, afinal, em qual outro país do mundo tanta coisa escorrega com tanta facilidade como aqui?