27 janeiro 2011

O guspe da lhama

Ganhei uma mania: ler os comentarios das pessoas logo abaixo de noticias em sites como a Folha, Estadao e o Corriere, aqui na Italia. Os comentarios, alguns muitos espirituosos, digamos, sao interessantes e mostram a reaçao publica para as noticias publicadas – um bom termometro para saber o que as pessoas estao achando dos dias atuais… Nesta semana, li um que me fez rir muito, sobre o caso do cadeirante que supostamente foi agredito por um delegado no interior de Sao Paulo.

Para quem nao ouviu falar do caso, resumindo a historia, o cadeirante afirma que, apos protestar com um delegado que havia estacionado em um local destinado a portadores de necessidades especiais, foi agredido a coronhadas. O delegado, por meio de seu advogado, disse que somente deu dois tapas no cadeirante apos ser atingido por um guspe do mesmo.

Apesar da noticia ser tragica e o caso extremamente preocupante, pois traz a tona uma serie de questoes polemicas, o comentario de um leitor foi surreal: “este delegado quer nos fazer acreditar que nao era um cadeirante e sim uma LHAMA para consegui guspir tao longe”.

Fala sério, nao é para rir?

24 janeiro 2011

Nova lição no novo ano

2011 começou! Gostaria de contar para vocês uma pequena história que aconteceu na virada do ano de uma pessoa que eu conheço e amo muito. Ela é casada com um motorista de ônibus e tem três filhos. Combinou de pegar o ônibus que ele dirigia na noite do dia 31, por volta das 23h, para ir até a igreja que eles freqüentavam, onde ela passaria a virada do ano com seus filhos – o marido guiava o veículo e trabalharia normalmente até 1h do dia primeiro, ou seja, passaria a virada do ano dirigindo. E assim aconteceu, ela pegou o ônibus no horário combinado. Até ai, tudo bem, ela e seus filhos chegariam na igreja antes das 23h30, como planejado, e seu marido continuaria a viagem. Só que ela tomou uma atitude que mudou a noite. Ao invés de descer na igreja, prosseguiu no ônibus. Decidiu passar a virada do ano ali dentro, em família. Algo diferente, impensado, inesperado. Um clic dentro do cérebro dela que originou uma cena que ficaria perfeita no final de qualquer filme hollywoodiano. Na volta do trajeto do ônibus, desceu na igreja e ficou ali comemorando o novo ano e esperando seu marido, que depois de terminar a viagem e o expediente, iria buscá-la. Fiquei com esta história na cabeça, uma situação simples que ilustra bem aquilo que procuramos durante 365 dias do ano: momentos felizes. E não é preciso muita coisa para ser feliz, às vezes apenas tomar uma atitude inesperada. E assim colhemos mais um momento acertado e diferente para nossa história, como uma noite de Ano Novo dentro de um ônibus, mas ao lado de quem você ama. São momentos como este, de verdadeira felicidade, com um sorriso estampado no rosto e uma sensação de bem-estar no peito, que eu desejo a vocês neste ano que mal começou, mas que já me ensinou uma boa lição... 2011 promete!