07 janeiro 2009

Cachorro é tudo de bom

Sexta-feira passada, fui assistir a adaptação do livro “Marley & Eu”, que conta a história do pior cão do mundo – adjetivo dado pelo dono de um labrador de 50 kg que come o que vê pela frente e tem verdadeiros ataques de pânico quando ouve trovões.

Li o livro no ano passado. Na verdade, devorei em poucos dias. Com uma narrativa deliciosa, o jornalista-autor conta as aventuras de seu cão, usando como pano de fundo a formação de sua família ou, propriamente, sua vida, com um novo emprego, casamento, filho, casa e tudo o mais que se tem direito. Achei o livro divertido e chorei, muito, no final – o que me rendeu um verdadeiro mico já que terminei de lê-lo na sala de espera da concessionária, enquanto esperava meu carro ficar pronto da revisão... Sem muitos comentários.

Enfim, lá fui eu ver o filme no cinema. Além de ter curtido muito o livro (assim como milhões de pessoas no mundo todo), o fato de terem colocado a Jennifer Aniston como uma das protagonistas deu um incentivo a mais. Pois bem, o filme é tudo isso mesmo que estão falando e que se esperava, pelo menos para aqueles que gostam de cachorro como eu. Owen Wilson ajuda muito como o dono do cão. Só que, no filme, a história se inverte: o cão serve como fundo para mostrar o crescimento do casal.

Tudo ali muito real e palatável: as dificuldades, as incertezas, o crescimento, as brigas e alegrias – e as dores. E por falar em dor, como chorei vendo este filme. Não só eu, mas toda a sala do cinema, que estava abarrotada de gente (fábricas de lenço de papel perderam uma ótima oportunidade de lucrar com ações promocionais). Depois de muitas risadas, na terceira parte do filme, se podemos dividi-lo em três, não se ouvia um pio, apenas narizes fungando. Há muito tempo eu não via tanta gente sair com os olhos mareados do cinema. Eu fui um deles.

Sai também pensando no amor que a gente tem por estes bichos. Pensei muito no meu cachorro, que se foi há alguns anos. Sofri muito na época, até porque ele sofreu também com um câncer que o consumiu durante quase três anos. Foi uma briga para que ele vivesse, mas não deu, apesar das cirurgias e dezenas de sessões de quimioterapia. Mas só o fato de chegar em casa e vê-lo feliz, balançando o rabo, com a bolinha na boca querendo brincar, valia todo e qualquer esforço. O amor que estes bichos sentem por nós é demais, nos quebra. Hoje, me divirto e mato minha vontade de cachorro com os quatro pequenos da minha namorada: um poodle, uma rottweiler, um pastor alemão e um vira-lata chorão. Bichos que já fazem parte do meu dia-a-dia e dos meus pensamentos.

Enfim, “Marley & Eu” é um ótimo filme – e um ótimo livro também. Estou pensando seriamente em assistir de novo – e chorar mais um pouco.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

o seu post sobre O SHOW, sai qdo?

6:20 PM  

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