15 janeiro 2007

Finalmente: Rolling Stone no Brasil

Acabei de comprar a quarta edição da Rolling Stone Brasil. Tenho lido a revista desde o primeiro número e gostado muito. Um show a parte são as capas – as fotos de Ivete e Iggy Pop são realmente impressionantes! Mas, nesta última edição, o que me chamou atenção foi a sessão de cartas. Tomo a liberdade de reproduzir uma delas, a escolhida como "Carta do mês" para ilustrar este post. Concordo em gênero, número e grau com o que o jornalista paulista Flávio de Toledo Lima escreveu. Viva a coragem de produzir, em terras brasileiras, uma revista pop, sem preconceitos (ou seriam pré-conceitos?). Uma revista que mostra a cultura brasileira, mas com um olhar moderno, honesto e corajoso. Viva Rolling Stone!

Coragem

Ao me deparar com uma capa da Rolling Stone que trazia Ivete Sangalo como a "Rainha da Música Pop Brasileira" (RS 03) nas bancas, logo após uma edição em que publicou o punk Iggy Pop (RS02), achei coerente, e oportuno, escrever para parabenizá-los pela coragem e ousadia desse feito. Imagino que, em um mercado como o nosso – sei como funciona porque também sou jornalista – vocês devem estar sofrendo algumas críticas e insultos de um público que talvez não conheça, ou entenda, o verdadeiro espírito da Rolling Stone (tomando como base a história da matriz norte-americana, que beira os 40). Eu faço a pergunta: "Como olharemos para nossa música se ignorarmos grande nomes, até mesmo populares, da cena e cantores e compositores que levam nossa mistura para o Brasil e para o mundo?" Sou colecionador da Rolling Stone americana, que consegue inovar com capas que trazem ídolos de hoje e lendas da música, do cinema e até mesmo charges políticas. A escolha de Ivete só prova a maturidade, mesmo que precoce, que a publicação brasileira já adquiriu ao fazer suas escolhas. A Rolling Stone realmente não é uma revista que tem leitores, mas fãs. E eu sou um deles. Longa vida a todos vocês.